segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Rio de Janeiro a Outubro de 2010

Em janeiro, casei-me com Sara Panamby na Bahia,
na manhã seguinte à noite em que acendemos uma vela azul nesse altar de Iemanjá.

Nestes dias de início de ano, desejei coisas que vêm se realizando de modo a validar minhas rezas e pensamentos sinceros, como por exemplo desenvolver um trabalho, desta vez mais consistente e produtivo, na cidade do Rio de Janeiro, com Sara, cidade onde já me tinha me apresentado duas outras vezes.
 Foi ela quem me mostrou o grupo transnacional LA POCHA NOSTRA, descoberto em seus estudos como aluna do curso de Artes do Corpo - Performance, cujo trabalho vem revolucionando o campo da Performance e das Artes de maneira geral, com sua estética e temática impactante e contundente, política e sarcástica, erótica e bizarra.


 Em outubro, o grupo veio ao Rio de Janeiro para duas apresentações (dias 04/05) no ART CENA Festival em Criação, em performances no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico. Antes disso, realizou na Fundição Progresso, na Lapa, um workshop de três dias durante oito horas por dia, com pessoas selecionadas por dois curadores dos mais gabaritados para a função: Eleonora Fabião e André Lepecki.


Texto do programa do festival sobre o grupo de São Francisco:

'O coletivo transnacional Pocha Nostra traz para a cidade um workshop de performance e a obra "Corpo Ilícito".O workshop será ministrado pelo performer, escritor, ativista e educador Guillermo Gómez-Peña, diretor artístico do Pocha Nostra; pela performer, coreógrafa e educadora colombiana Michele Ceballos e pela artista ítalo-brasileira Dani d'Emilia, cujo trabalho transita por diversas variações interdisciplinares da performance.
O workshop é destinado a artistas e não-artistas de diversas áreas de interesse e tem as seguintes propostas: ajudar artistas e estudantes questionadores a aguçarem e desenvolverem suas capacidades performáticas e analíticas; criar comunidades temporárias de artistas de diferentes disciplinas, idades, etnias e nacionalidades; desenvolver novos modelos de relacionamento entre artistas e comunidades, entre mentores e aprendizes; buscar uma nova estética interdisciplinar e híbrida, que reflita o espírito e as atribulações dos nossos tempos; descolonizar e repolitizar os corpos; tornar a performance pertinente para uma nova geração de potenciais ativistas artistas.

"Corpo Ilícito" foi criado por Guillermo Gómez-Peña com seus parceiros Roberto Sifuentes e Violeta Luna em colaboração com Dani d'Emilia, como parte de uma série de trabalhos intitulada Mapa-Corpo, que pesquisa o corpo humano como lugar de ativismo, de reinvenção de uma espiritualidade radical. A performance lida com o processo de reinvenção que os artistas, residentes no EUA, estão vivenciando com a transição para um novo momento histórico. Eles tentam prognosticar um futuro possível com seus corpos performáticos, explorando o legado cultural do "medo do outro" e do preconceito engendrado na era Bush, em contraste com uma cultura emergente calcada na esperança e na imaginação. "Corpo Ilícito", que surgiu da necessidade que os artistas sentiram de repensarseu posicionamento diante das mudanças sociais e políticas e de reavaliar seu lugar na partilha desse processo de relexão sobre o mundo, estreou na Bienal de Havana em 2009, fez apresentações no Trouble Festival em Bruxelas e em outros festivais.'

Tive a honra de ser selecionado, juntamente com Sara Panamby e mais 18 pessoas de todo o Brasil e outros países, para participar desse incrível workshop, além de performar com o grupo, no festival ART CENA, o trabalho intitulado

Corpo Ilícito:

The Post-Human Society 6.9


http://www.pochanostra.com/
http://www.artcenafestival.art.br/
http://www.youtube.com/watch?v=luLE1dNJm6Q

Seguem a seguir uma pequena seleção de fotos realizadas por Angela Alegria, durante o taller de performance do Grupo LA POCHA NOSTRA na Fundição Progresso, Lapa RJ, nos dias 30 de setembro, 1 e 2 de outubro.

Cierra los ojos.......... and, GO!!!!








Fotos Angela Alegria

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